Durante o curso nunca fui próxima da professora, nem queria,
sentia medo às vezes... Ô mulher arretada! Tem voz ativa, ela sim sabe o que
quer e o que não quer de seus alunos, comigo estava sempre chamando a atenção:
Mais dramaturgia, sem muita palhaçada, projeta a voz evelyn. Na penúltima aula
foi à apresentação dos vídeos, e não é que a professora gostou do meu trabalho.
Também pudera me esforcei pra valer, ela elogiou texto, cenário, figurino e até
a atriz ó que maravilha! Eras que vou sentir falta dela, professora fura greve,
brincalhona, queria nos olhar dentro, montar um elenco de amigos inimigos,
convivendo e vivendo, nessa pude conhecer as pessoas com quem estudo saber de
suas historias, sofrimentos, alegrias, nascimento e até desejos. Ui! Parabéns pelas
aulas Wlad e espero te encontrar por aí, no técnico talvez. Até breve então.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
O vídeo
É, no inicio pensei em fazer algo baixo astral falando do
caos que habita dentro, logo mencionei sobre para a professora Wlad, ela me
indagou, Quem era o personagem? Quem era
essa pessoa triste? E ainda deu idéia... É um desempregado? Bem, eu não soube
responder, na verdade não era ninguém, um andrógeno talvez.
Mudei de idéia! Como no lençol, objeto de estudo que precisei
mudar três vezes para poder finalizá-lo. Pois bem, então escolhi fazer o
monólogo da vagina. Vi um documentário/stand up feito pela americana Eve Ensler
falando sobre isso que está escondido, visto como algo nojento e indelicado de
conversar, achei digno interpretar fazendo uma nova roupagem, com a cara do
Pará, Era a hora de entrar nesse buraco negro e ascender a luz. A gravação foi
na minha casa com algumas pessoas do meu eterno apreço, foi tentar posta-lo
aqui....
Voltamos da greve! E AGORA?
Ao entrar naquela sala vi de cara as carinhas de agonia que
ali se manifestavam. Lá se podia sentir entre os colegas: desespero, calmaria,
alegria, saudade e principalmente vontade de fazer o que mais gostamos
APARECER, era um querendo falar mais que o outro, falar de sua trajetória e
desenvolvimento até ali. (já confessei em uma postagem anterior que nesta greve
não produzi muito, ao menos não artisticamente. Trabalhei muito, subi de cargo,
disque, embora o dinheiro não tenha mudado quase nada) Mas de volta a sala que
é o que interessa!
Eu não tinha muito que falar, ninguém iria querer saber sobre
a diminuição dos juros cobrados pelos bancos. Mesmo assim a professora Wlad
Lima passou um papel com algumas perguntas sobre como aproveitamos a greve (ah
eu vi muitos espetáculos nesse período professora!) ela perguntava também sobre
um trabalho que deixou pendente para fazermos antes da balburdia na UFPA
começar. Era basicamente construir 30 imagens com o lençol inicialmente
produzido e com ele fazer uma cena sobre um segredo de família ou algo que
havia marcado sua vida. Bem resultado foi catastrófico quase todo mundo estava
no plano das idéias quanto a isso. Sendo assim ela passou A missão B.
Faríamos então um espetáculo gravado em nossa residência (sem
lençol com lençol) O objetivo era falar sobre um desejo interno, de algo que
querias mostrar, mas de alguma forma ficava ali guardado. Eu gostei muito da
idade e fui pra casa pensando mil e uma formas de mostrar meu lado obscuro e
depressivo.
Um tal de Antunes
É chegado o
dia da apresentação do trabalho em dupla, eu e a minha companheira, Diana
Klautau, iríamos mostrar as manifestação artísticas do cantor, escritor, musico
e poeta Arnaldo Antunes. Partindo da
disciplina trajetória do ser, onde cada escolheu uma obra para mostrar o
movimento vivencial do artista.
Como de praxe
cheguei atrasada, correndo contra o tempo eu e Diana começamos a repassar o que
falaríamos no seminário. Já que quase não debatemos o assunto antes (nos duas
possuímos vidas duplas: trabalhar e estudar). Ao entrar em cena para apresentação ela
escolheu a musica “O pulso” de quando o Antunes era dos titãs, nesta ela
explicava sobre as doenças adquiridas na cidade, transmitidas em crianças,
adultos e idosos, sempre nessa ordem, como um câncer que evolui. Ao final
mostra que mesmo dentro dessa esfera ainda há um sopro de vida. “e o pulso
ainda pulsa”.
Eu escolhi a
musica “envelhecer” também do Arnaldo Antunes, onde fala dos que enfrentam e
afrontam, amadurecendo e reconhecendo o envelhecer na idéia de uma possível
morte sem desprazer, aproveitando com desenvoltura o espaço para se dar o passo
antes que venha o cansaço.
Os alunos que
assistiram nossa apresentação pareciam ter gostado das musicas/poemas
escolhidos, sem muitos questionamentos ou perguntas da parte deles, expliquei a
origem de nossa escolha por esse artista comparando as mutações do mesmo com
nós (pessoas do teatro) sendo Arnaldo singular e plural, modernista,
simbolista, sua arte é como um mergulho na experimentação, sem definição.
sábado, 13 de outubro de 2012
Lençol em metamorfose.
Depois da aula que devíamos escolher uma pessoa
da turma para compartilhar um pouco de nós mesmo com o escolhido a professora
transformou esta escolha em uma dupla permanente em todos os trabalhos. Meu primeiro
trabalho em dupla era fazer um seminário contato a trajetória de um artista,
poeta, musico, pinto não importava o gênero e sim um trabalho do mesmo que
pudesse marcá-lo como ser através de sua obra.
Dada as coordenadas para o seminário voltamos a
apresentar nossa árvore genealógica, só que agora com um objeto bônus, o
lençol. Havia feito umas alterações no meu que o deixou pesado demais, fiz uma
grande árvore onde pus fotos de minha família e coisas que os materializassem
como: imagem da Banda Queen onde cresci escutando devido minha mãe adorá-la,
cigarros representando meus padrinhos que me criaram dos 2 aos 6 anos de idade,
entre outras.
Divulguei um pouco mais sobre a minha vida e os
que compõem ela, mesmo assim ainda não estava satisfeita com meu lençol sentir
que devia mudá-lo novamente, deixa-lo mais leve. Assim o fiz ao voltar para
casa retirei todos os objetos finalizei a árvore com varias flores
representando meus parentes e criei um orifício onde podia colocar a cabeça ao
meio deles, ou melhor, das rosas.
Iniciando a temporada.
Bem, já começo este
post pedindo desculpas aos leitores (se é que alguém lê) enfim, devido falta de
tempo, greve e desleixo mesmo, passei uma boa temporada sem publicar nada. E
querendo ou não, tenho que fazer isto. Como havia explicado (ou não) a
finalidade desse blog e noticiar a trajetória desenvolvida em sala de aula. É minha
professora Wlad Lima irá ler isso. Estes postrs que viram vão ajudar no meu
passaporte para o próximo semestre, então mãos a obra! É hora de resgatar a memória
de elefante e solucionar esses atrasos. Quero deixar claro que não lembrarei
das datas especificas das aulas no entanto graças ao blog de minha estimada
amiga Elise Vasconcelos pude lembrar de muito e dar minha opinião sobre os
ocorridos em sala.
sábado, 31 de março de 2012
O lençol
A caminho da escola de artes. Cansada, cheia de sacolas pronta para a 2ª aula da professora Wlad lima (já sei o nome dela). Na aula anterior a mesma havia dito para levarmos um lençol onde deveríamos pintar e construir nossa árvore genealógica e foi bem clara quando disse a todos que estivessem de roupa preta durante a aula. Passei a madrugada de domingo terminando meu lençol, que não havia ficado pronto, pois mudei de idéia no meio do projeto. Sendo assim acordei muito atrasada para o trabalho (nenhuma novidade quanto aos meus atrasos) Porem, esqueci totalmente da roupa preta, e cheguei à aula usando a mais carnavalesca possível! Quase todos estavam de preto.
A aula começou, a Sr ª Lima pediu-nos para dividir a turma. De um lado quem se apresentou na semana passada, do outro, os que ainda iriam. Começaram as apresentações, muito mais interessantes, pois agora se podia utilizar do lençol artístico produzido da história de cada um, fazendo com que a visualidade e sentido fossem maiores. As sensações surgidas do objeto eram maravilhosas, nos ouvintes e nos próprios criadores que lembravam, se enrolavam, riam e se emocionavam ao narrar sua trajetória.
Eu quase não utilizei o meu lençol, passei a madrugada toda o fazendo e ele ficara num canto da sala a minha espera. O que não foi tão ruim, pois me fez perceber que podia fazê-lo ainda melhor ao me deparar com traços, desenhos e variedades bem peculiares nos dos colegas. Senti que podia ousar e ousarei! Na próxima aula...
domingo, 18 de março de 2012
Correria, aula e casa.
Lá estava eu saindo do trabalho correndo contra o tempo para não chegar atrasada no primeiro dia de aula do curso de licenciatura em teatro, por sorte o ônibus chegou rápido e olha que estava chovendo, por que aqui em Belém é assim: Uma chuvinha e a cidade pára.
Ao entrar na sala vi todos deixando suas respectivas bolsas e sapatos. Tentei ficar a vontade quanto ao visual, mas vinda do trabalho onde é bem formal a tentativa de ficar descolada não deu muito certo.
A professora era Wlad apresentou-se, não entendi ou escutei seu sobrenome talvez por estar tão entusiasmada e querer compreender todas as palavras que a mesma dizia concentrei tanto que não concentrei em nada. Ela disse para deixar à nossa frente pertences que não havia necessidade de usá-los na aula, não disse quais deixou a nós o cargo do desprendimento, eu tirei relógio e um colar, foi legal aquela observação, pois para mim eram coisas tão irrelevantes, mas de alguma forma considerava parte do meu corpo e nem percebia que estava usando até retirar.
A Srª Wlad falou, falou, disse do que a TRAGETÓRIA DO SER tratava: Matéria da qual ela ministrava e se tratava de nós mesmos, para mostrar-nos e conhecer mais do outro afinal seríamos um elenco. Depois de toda a oratória para dizer o que iríamos faze ali. A mesma sugeriu um jogo onde cada aluno levantar-se por vez e buscasse uma pessoa que tenha causado interesse para conversarem cobre suas famílias. Fim de conversa o jogo continua de outra forma.
Cada um teria de levantar ir até o centro da sala... E que sala...”Naquela ocasião parecia tão pequena somos muitos universitários, 31. Lembrei-me que foi ali onde meu teste de habilidades havia ocorrido, porém apenas eu no centro e outros 3 professores na bancada a sala parecia ser bem maior e bem mais angustiante.”
No jogo onde teríamos de ir ao centro da sala um por vez e falar da sua árvore genealógica. A princípio pensei não ir lá de jeito nenhum, depois sentir uma ânsia análoga a ânsia de querer falar e mostrar as peculiaridades da minha família como tantas outras dos outros haviam sido mostradas. Finalmente falei e quando acabei sentir um conforto a ânsia passou a aula acabou e cansada, porém animada para os próximos dias fui para casa.
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