Ao entrar naquela sala vi de cara as carinhas de agonia que
ali se manifestavam. Lá se podia sentir entre os colegas: desespero, calmaria,
alegria, saudade e principalmente vontade de fazer o que mais gostamos
APARECER, era um querendo falar mais que o outro, falar de sua trajetória e
desenvolvimento até ali. (já confessei em uma postagem anterior que nesta greve
não produzi muito, ao menos não artisticamente. Trabalhei muito, subi de cargo,
disque, embora o dinheiro não tenha mudado quase nada) Mas de volta a sala que
é o que interessa!
Eu não tinha muito que falar, ninguém iria querer saber sobre
a diminuição dos juros cobrados pelos bancos. Mesmo assim a professora Wlad
Lima passou um papel com algumas perguntas sobre como aproveitamos a greve (ah
eu vi muitos espetáculos nesse período professora!) ela perguntava também sobre
um trabalho que deixou pendente para fazermos antes da balburdia na UFPA
começar. Era basicamente construir 30 imagens com o lençol inicialmente
produzido e com ele fazer uma cena sobre um segredo de família ou algo que
havia marcado sua vida. Bem resultado foi catastrófico quase todo mundo estava
no plano das idéias quanto a isso. Sendo assim ela passou A missão B.
Faríamos então um espetáculo gravado em nossa residência (sem
lençol com lençol) O objetivo era falar sobre um desejo interno, de algo que
querias mostrar, mas de alguma forma ficava ali guardado. Eu gostei muito da
idade e fui pra casa pensando mil e uma formas de mostrar meu lado obscuro e
depressivo.
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