É chegado o
dia da apresentação do trabalho em dupla, eu e a minha companheira, Diana
Klautau, iríamos mostrar as manifestação artísticas do cantor, escritor, musico
e poeta Arnaldo Antunes. Partindo da
disciplina trajetória do ser, onde cada escolheu uma obra para mostrar o
movimento vivencial do artista.
Como de praxe
cheguei atrasada, correndo contra o tempo eu e Diana começamos a repassar o que
falaríamos no seminário. Já que quase não debatemos o assunto antes (nos duas
possuímos vidas duplas: trabalhar e estudar). Ao entrar em cena para apresentação ela
escolheu a musica “O pulso” de quando o Antunes era dos titãs, nesta ela
explicava sobre as doenças adquiridas na cidade, transmitidas em crianças,
adultos e idosos, sempre nessa ordem, como um câncer que evolui. Ao final
mostra que mesmo dentro dessa esfera ainda há um sopro de vida. “e o pulso
ainda pulsa”.
Eu escolhi a
musica “envelhecer” também do Arnaldo Antunes, onde fala dos que enfrentam e
afrontam, amadurecendo e reconhecendo o envelhecer na idéia de uma possível
morte sem desprazer, aproveitando com desenvoltura o espaço para se dar o passo
antes que venha o cansaço.
Os alunos que
assistiram nossa apresentação pareciam ter gostado das musicas/poemas
escolhidos, sem muitos questionamentos ou perguntas da parte deles, expliquei a
origem de nossa escolha por esse artista comparando as mutações do mesmo com
nós (pessoas do teatro) sendo Arnaldo singular e plural, modernista,
simbolista, sua arte é como um mergulho na experimentação, sem definição.
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